Projeto Pequeninos contra a Dengue!

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29 de jan. de 2018

Orientações ao Pais:

 MORDIDAS NA ESCOLA.
1.      POR QUE AS CRIANÇAS MORDEM?
ü   Um dos motivos é o próprio processo de desenvolvimento da criança. Desde o aparecimento da dentição até por volta dos 2 anos, eles mordem brinquedos, sapatos e até os próprios pais, professores e amigos para descobrir sensações e movimentos, para conhecer o mundo e descobrir o próprio corpo.



“Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas”, diz Marilene Proença [membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo].

ü   Desde o nascimento, até por volta dos 3 anos, as necessidades, percepções e modos de expressão da criança estão concentradas na região da boca, lábios, língua e outros órgãos relacionados com a zona oral. E porque ainda não falam com desenvoltura, utilizam outros meios para se comunicar e conseguirem o que querem. Mas devemos lembrar que as crianças não nascem sabendo dar mordidas, elas aprendem na relação com outras crianças, com os adultos. Alguns adultos gostam de brincar, dizendo “vou morder você, vou apertar sua bochechinha”. Mas a criança não sabe fingir a mordida e nem controlar a força ao morder e pode acabar, sem querer, machucando seu coleguinha.

ü   E várias são as situações podem levar a criança a morder, por exemplo: a professora ou a mãe está grávida, uma mudança de sala na EMEI ou uma situação desconhecida, a chegada de um novo colega na turma, tentativas de chamar atenção dos adultos, disputa por um brinquedo, espaço reduzido para brincar e se movimentar e até necessidade de sono que não foi respeitada. “O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção” diz Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil Colégio Magister, de São Paulo. Algumas crianças, por exemplo, se irritam com um som alto; outras, às vezes, reagem individualmente ao toque, que pode trazer à tona sentimentos de ciúme, dependendo de quem as toque.


2.      O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA MORDE?
Quando a criança morde outra criança, é importante a mediação de um adulto para fazer com que ela perceba o que fez e para que aprenda que há maneiras diferentes de conseguir o que deseja.

Descobrir qual o motivo do comportamento e mostrar outras formas de expressão: se é o brinquedo que ela quer mostrar a ela que pode pedir o brinquedo ao  coleguinha (de acordo com a idade e a compreensão que tem).
 É com paciência e persistência que as crianças entendem que não se deve morder.
Dizer sempre à ela (não gritar…) que não se deve fazer isso, e pedir a sua ajuda para cuidar do coleguinha machucado, como por exemplo, colocando gelo ou fazendo massagens, curativos e acariciando o coleguinha. Isto deve ser feito, tanto na Creche, como em casa pelos pais.

Se é bebê que começa a caminhar (1 a 2 anos), simplesmente o afaste do outro bebê que ele esteja tentando morder.
Crianças maiores, de 2 a 3 anos, que já falam e entendem mais, explique: “Não pode morder porque machuca as pessoas”.
É importante cuidar do comportamento da criança brincando com outras e orientar a forma de brincar entre ela.
Não se deve morder a criança para mostrar-lhe como se sente quando ela morde.
Ao ensinar a criança a compartilhar, ela percebe que ser amigo é também compartilhar.
 Ensine a criança a esperar, fale com ela, não dê tudo a ela no mesmo momento que pede, lembrando que a percepção do tempo é diferente para cada idade.
Tanto creche, Creche ou pais podem aproveitar essas situações para estimular na criança as regras de convivência. Mas a criança não deve ser rotulada como “mordedora” e o seu nome não deve ser exposto para os pais da criança que foi mordida, ou pessoas de fora.


3.      O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA É MORDIDA?
A criança mordida precisa ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, entretanto nuca deve ser incentivada a revidar, ou seja, a morder também. A creche ou EMEI acompanhará de perto e com atenção e, se possível, procure descobrir as possíveis causas da mordida, para entender o que houve e estar pronta para acolher a família. A família deve conversar, sempre que necessário, com os educadores e com a direção da creche para compreender essa situação e se tranquilizar. É possível, por exemplo, que tenha sido a disputa por um brinquedo que causou o “confronto” e a mordida.


Compreender também, que tanto a criança pode ser mordida, como também pode morder e que nem sempre vai ser possível evitar isso. É preciso muita calma para lidar com a situação. CEI e família podem juntos encontrar alternativas para evitar novas ocorrências. Ouvir, acolher e esclarecer, levando as explicações de especialistas para os pais e familiares nas reuniões ou nas conversas mais informais, é um dos objetivos das instituições de ensino. É importante saber que há crianças que passarão pela fase das mordidas, sem nunca terem mordido algum colega ou mesmo serem mordidos.

TODOS JUNTOS, CONVERSANDO, COLABORANDO E AJUDANDO CONSEGUIREMOS SUPERAR ESSES MOMENTOS. ESCOLA E FAMÍLIA UMA UNIÃO QUE DÁ CERTO QUANDO TODOS SE AJUDAM!


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