MORDIDAS NA ESCOLA.
1.
POR QUE
AS CRIANÇAS MORDEM?
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Um dos motivos é o próprio processo de
desenvolvimento da criança. Desde o aparecimento da dentição até por volta dos
2 anos, eles mordem brinquedos, sapatos e até os próprios pais, professores e
amigos para descobrir sensações e movimentos, para conhecer o mundo e descobrir
o próprio corpo.
“Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas”, diz Marilene Proença [membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo].
“Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas”, diz Marilene Proença [membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo].
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Desde o nascimento, até por volta dos 3 anos, as
necessidades, percepções e modos de expressão da criança estão concentradas na
região da boca, lábios, língua e outros órgãos relacionados com a zona
oral. E porque ainda não falam com desenvoltura, utilizam outros meios
para se comunicar e conseguirem o que querem. Mas devemos lembrar que as
crianças não nascem sabendo dar mordidas, elas aprendem na relação com outras
crianças, com os adultos. Alguns adultos gostam de brincar, dizendo “vou morder
você, vou apertar sua bochechinha”. Mas a criança não sabe fingir a mordida e
nem controlar a força ao morder e pode acabar, sem querer, machucando seu
coleguinha.
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E várias são as situações podem levar a criança
a morder, por exemplo: a professora ou a mãe está grávida, uma mudança de sala
na EMEI ou uma situação desconhecida, a chegada de um novo colega na turma,
tentativas de chamar atenção dos adultos, disputa por um brinquedo, espaço
reduzido para brincar e se movimentar e até necessidade de sono que não foi
respeitada. “O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas
sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção” diz Rosana Ziemniak,
coordenadora de Educação Infantil Colégio Magister, de São Paulo. Algumas
crianças, por exemplo, se irritam com um som alto; outras, às vezes, reagem
individualmente ao toque, que pode trazer à tona sentimentos de ciúme,
dependendo de quem as toque.
2. O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA MORDE?
Quando a criança morde outra
criança, é importante a mediação de um adulto para fazer com que ela perceba o
que fez e para que aprenda que há maneiras diferentes de conseguir o que
deseja.
♦Descobrir
qual o motivo do comportamento e mostrar outras formas de expressão: se é o
brinquedo que ela quer mostrar a ela que pode pedir o brinquedo ao coleguinha (de acordo com a idade e a
compreensão que tem).
♦ É com paciência e persistência que as crianças entendem que não se deve morder.
Dizer sempre à ela (não gritar…) que não se deve fazer isso, e pedir a sua ajuda para cuidar do coleguinha machucado, como por exemplo, colocando gelo ou fazendo massagens, curativos e acariciando o coleguinha. Isto deve ser feito, tanto na Creche, como em casa pelos pais.
♦ É com paciência e persistência que as crianças entendem que não se deve morder.
Dizer sempre à ela (não gritar…) que não se deve fazer isso, e pedir a sua ajuda para cuidar do coleguinha machucado, como por exemplo, colocando gelo ou fazendo massagens, curativos e acariciando o coleguinha. Isto deve ser feito, tanto na Creche, como em casa pelos pais.
♦ Se é bebê que começa a caminhar (1 a 2 anos), simplesmente o afaste do outro bebê que ele esteja tentando morder.
♦Crianças maiores, de 2 a 3 anos, que já falam e entendem mais, explique: “Não pode morder porque machuca as pessoas”.
♦
É importante cuidar do
comportamento da criança
brincando com outras e orientar a forma de brincar entre ela.
♦Não se deve morder a criança para mostrar-lhe como se sente
quando ela morde.
♦Ao ensinar a criança a compartilhar, ela percebe que ser amigo é também compartilhar.
♦ Ensine a criança a esperar, fale com ela, não dê tudo a ela no mesmo momento que pede, lembrando que a percepção do tempo é diferente para cada idade.
♦Ao ensinar a criança a compartilhar, ela percebe que ser amigo é também compartilhar.
♦ Ensine a criança a esperar, fale com ela, não dê tudo a ela no mesmo momento que pede, lembrando que a percepção do tempo é diferente para cada idade.
Tanto creche, Creche ou pais podem aproveitar essas
situações para estimular na criança as regras de convivência. Mas
a criança não deve ser rotulada como “mordedora” e o seu nome não deve ser
exposto para os pais da criança que foi mordida, ou pessoas de fora.
3.
O QUE
FAZER QUANDO A CRIANÇA É MORDIDA?
A criança mordida precisa ser
acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, entretanto nuca deve
ser incentivada a revidar, ou seja, a morder também. A creche ou EMEI
acompanhará de perto e com atenção e, se possível, procure descobrir as
possíveis causas da mordida, para entender o que houve e estar pronta para
acolher a família. A família deve conversar, sempre que necessário, com os
educadores e com a direção da creche para compreender essa situação e
se tranquilizar. É possível, por exemplo, que tenha sido a disputa por um
brinquedo que causou o “confronto” e a mordida.
Compreender também, que tanto
a criança pode ser mordida, como também pode morder e que nem sempre vai ser
possível evitar isso. É preciso muita calma para lidar com a situação. CEI e
família podem juntos encontrar alternativas para evitar novas ocorrências.
Ouvir, acolher e esclarecer, levando as explicações de especialistas para os
pais e familiares nas reuniões ou nas conversas mais informais, é um dos
objetivos das instituições de ensino. É importante saber que há crianças que
passarão pela fase das mordidas, sem nunca terem mordido algum colega ou mesmo
serem mordidos.
TODOS JUNTOS, CONVERSANDO, COLABORANDO E AJUDANDO CONSEGUIREMOS SUPERAR ESSES MOMENTOS. ESCOLA E FAMÍLIA UMA UNIÃO QUE DÁ CERTO QUANDO TODOS SE AJUDAM!
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